terça-feira, 27 de novembro de 2012

Morticia vai a caça


Por: Julia Gomes


—  Alô?
—  Não vou repetir de novo, venha agora!
—  Não posso! Estou quase pegando ele.
—  Não me importo com isso, venha!
Desligo o celular e corro em direção ao homem.
—  Chega de brincar de esconde, esconde.
O agarro e o derrubo.
—  A gatinha ficou nervosa, calminha... Vamos conversar.
—  Não tenho paciência para isso agora.
—  É e nem eu.
Ele começa a sorrir, sinto a presença de mais homens.
—  Acho mesmo que eu viria sozinho? Não minha cara eu sei como escapar com classe.
—  Não deveria ter feito isso.
Meus caninos ficam salientes.
—  Se fizer isso será seu fim, eles estão armados até os dentes e acredite você não é primeira vampira que capturamos.
Eles se aproximam.
—  Sim, mas não me importo.
O agarro rapidamente o colocando de pé em minha frente, deixando os meus caninos bem perto do pescoço dele.
—  Se algum de vocês se aproximarem, ele é um homem morto.
Os homens apontam suas armas em direção a nós. Logo o homem se manifesta.
—  Calminha pessoal, é ela quem vocês têm que eliminar não eu. Abaixem essas armas.
Um dos homens toma a frente do grupo.
—  Temos ordens para eliminar ela e qualquer estorvo.
—  É... acho que você não vale muita coisa para eles. Coloco as mãos em sua calça e retiro o colar o guardando em meu peito. O jogo entre as matas e começo a correr. O celular volta a tocar.
—  Agora não.
—  Estou indo atrás de você e saiba que estou furioso.
Ele desliga o celular.
—  Droga, droga! Por que ele não sabe esperar.
Desvio o caminho escorregando em um barranco. Acabo quebrando o salto da minha bota e caindo de uma maneira brusca, rasgando a calça de coro e retalhando a blusa que estava colado ao corpo. Os cabelos longos e soltos se emaranharam em folhas e galhos. Até parar de cabeça em uma pedra.
Com a visão turva, tento me levantar, vejo um homem alto com cabelos longos e negros vindo em minha direção. Tento segurá-lo, mas acabo caindo.
—  Eu mandei você voltar, e você não fez o que eu mandei.
Com dificuldade respondo:
—  Igor, eu...
Ele me dá um soco no rosto.
Desmaio...
—  Acorde!
Ele joga um balde de água fria em cima de mim. Acordo assustada e com as mãos amarradas a cabeceira da cama.
Minhas roupas continuam as mesmas.
—  Igor eu estava muito perto...
Ele me interrompe.
—  Perto de que? Olha seu estado, como acha que fiquei quando sumiu do jantar? Acho que você não me entendeu bem. Você trabalha para mim. Não quero que saia deste quarto até segunda ordem!
Ele sai e bate a porta.
Minhas mãos estavam amarradas com pedaços de pano. Não era muito difícil de escapar, forcei as amarras e logo estava solta. Fiquei segurando os pulsos e os massageando por algum tempo e refletindo os últimos acontecidos.
Igor nunca foi um bom homem nem um bom vampiro, sua maldade sempre foi seu ponto forte. Há algumas horas atrás estava em um jantar na casa de Stevan o irmão mais velho de Igor um vampiro de mais de 3.000 anos. Tudo corria bem até que alguns humanos entraram para o jantar, um deles sai da mesa em direção a sala, nada fora do comum, mas a demora do senhor começou a preocupar Igor, que rapidamente pediu que fosse ver o que estava acontecendo. Ao chegar à sala uma porta secreta que dava entrada a uma outra sala atrás da estante de livros. Ao entrar  eu o vi admirar uma espécie de colar.
 —  O que está havendo aqui senhor?
Ele rapidamente me olhou assustado e assobia. Ouvi um grande barulho na sala de jantar. O homem colocou o objeto dentro de suas calças e saio correndo, fui atrás dele, mas Igor me segurou pelo braço e me em pediu de seguir o homem.
—  não Morticia, isso é assunto de Stevan e não seu.
—  mas Igor ele está fugindo com um...
Ele me interrompe.
—  Já disse que não é de seu interesse.
—  Então por que me pediu para ver o que estava acontecendo na sala?
—  Para garantir a segurança de Lady Amanda.
—  Onde está Stevan, do lado de fora da casa.
Saio de perto de Igor e vou à direção a Stevan, que estava sentado na varanda com um dos homens em seu colo com o pescoço dilacerado. Seus lábios estavam cheios de sangue assim como suas vestis. Respirava tão fundo que chegava a fazer caretas carrancudas.
—  Morticia, sabe o que eles levaram... Traga de volta para mim.
—  Sr. Stevan, Igor disse que não é para me meter em seus assuntos.
—  Igor não sabe de nada. Posso recompensar você com algo que procura.
—  Mas Igor me deu uma ordem não posso ir contra o meu mestre.
—  Igor não é o seu mestre, ele não tem poder sobre você.
Ele se levanta jogando com força o cadáver para o lado. Aproxima-se de mim, bem perto do meu ouvido.
—  Posso te dar uma informação valiosa de seu pai.
Respiro fundo e sinto o cheiro de um humano, esta cheirando a medo e corre por entres as matas posso ouvir seu coração batendo cada vez mais forte.
—  Espero que seja verdade.
Igor chega à varanda gritando meu nome, me vê. Ele fica irritado e diz:
—  Volte para dentro, Morticia.
Olho para ele e sorrio, saio correndo por entre as matas. Até alcançar o homem e tudo começar.
Volto a olhar meus pulsos e a admirar o quarto.  O quarto tinha janelas grandes e cobertas com cortinas grossas num tom bordo. A cama era macia, um tanto envelhecida. As paredes eram cobertas de pinturas de flores como jasmim, petúnia e tulipas. Nada neste quarto era igual à casa de Stevan ou de Igor. A casa de Igor tinha moveis antigos da era medieval. A de Stevan era uma típica as de campo. Olhando bem talvez fosse um pouco parecida com a casa de Stevan.
Havia um espelho grande atrás da porta.
Vejo minha face, meus olhos castanhos estavam esmorecidos, a maquiagem negra que os cobria estava caída sobre a bochecha rosada. O batom vermelho que destacava meus lábios estava borrado. Meus cabelos longos e negros emaranhados em folhas mostravam uma face nada reconhecida. Por um lado ele está certo, mas por outro não sou sua prisioneira. E era assim que ele estava me tratando agora. Estou trabalhando para Igor por dois motivos, o primeiro é que ele me contratou como uma assassina profissional e estou limpando áreas e áreas para ele, o segundo é que seu irmão Stevan tem informações valiosas para mim. Igor é mal, mas sempre soube ser líder nas grandes situações de perigo e é um mestre na arte da sedução, têm me ensinado muitos truques. Retiro o colar de meu peito, uma sorte ele ainda estar aqui, o coloco de baixo do travesseiro.
 Termino de rasgar com minhas próprias unhas os trapos de roupa que está usando, deixando minha pele nua.
O quarto tinha um banheiro grande com toalhas brancas felpudas. Uma banheira me esperava com sais de banho em uma água fervente.  Se fosse sua prisioneira estaria em um quarto escuro em uma cama de tortura, mas me parece que não é isso que ele quer.
Entro na banheira e mergulho até o fundo. Meus pensamentos se direcionam aos dele. Quero saber o que ele tem em mente.
Começo a invadir sua mente ele está na sala ao lado da lareira, fumar um charuto.
—  Morticia você me subestima não é? Saia da minha mente.
—  E por que eu faria isso? Não sou sua prisioneira.
—  E não é mesmo, mas não vou ter outra escolha se continuar me desobedecendo.
—  Venha até aqui Igor. Tenho que deixar algo bem claro para você.
Meus pensamentos se desconectam com os dele e logo ouço a porta do quarto se abrir.
—  Estou na banheira Igor.
Ele vem até a banheira, estava com uma camisa preta de botões aberta, com os cabelos soltos, uma calça preta e botas de cano alto. Seus olhos azuis me observavam.
—  O que esta fazendo Morticia?
Começo a rir. Submergindo a cabeça.
—  Tomando um banho querido.
—  Isso eu sei, mas...
—  Mas o que? não quer entrar?
Ele me olha com o canto dos olhos.
—  Não!
Levanto da banheira deixando meu corpo nu à mostra, ele me observa de cima para baixo.
—  Seu corpo é uma sedução, Morticia.
—  Vejo que teus olhos já perceberam isso.
Ele sorri.
—  Venha vou lhe trazer um toalha.
—  Não terminei.
Retiro sua camisa rapidamente, de sendo para seu cinto e o abrindo com força.
—  Pare Morticia, isso não vai tirar a raiva que sinto de você.
—  Raiva pelo que? Por ajudar seu próprio irmão?
Termino de retirar suas calças, ele as chuta para o lado.
—  Stevan tem os seus problemas e eu os meus, você trabalha para mim e não para ele.
—  Não custava nada eu o ajudar.
—  Desde quando ficou boazinha? O que ele prometeu a você?
Deito-me novamente na banheira e o puxo para dentro, ele entra e fica por cima de mim, se segurando nas beiradas. Com seus lábios bem perto dos meus.
—  Nunca fui boazinha Igor e sabe que jamais serei.
Ele me beija esfregando seu corpo sobre o meu. Meus braços eram fortes, suas pernas grosas abriam um caminho entre minhas pernas, logo ele estava penetrando em mim causando gemidos e arranhões.
—  Me diz que não me deseja?
—  Não a desejo.
Começo a rir e a gemer ao mesmo tempo.
—  Fale o contrario Igor.
Ele sorri.
—  Não sou tão bonzinho como você, sei impor minhas leis.
O derrubo na banheira e pulo em cima dele, seguro seu pescoço.
—  Não sabe com quem esta brincando meu caro. Não sou frágil e nem boa, há um mal dentro de mim que pode te transformar em cinzas, não brinque com a minha paciência.
Ele se debate na água. O solto e saio rapidamente da banheira indo à direção ao quarto. Arranco da janela uma das cortinas e enrolo em meu corpo como um vestido. Ouço-o ainda tossir.
Ele sai do banheiro e fica a me olhar a segurar o pescoço.
—  Por um instante esqueci que era uma assassina.
—  Sou mais que isso Igor.
—  Por que se submeteu se as minhas ordens até agora?
—  porque precisava de uma informação. Mas seu irmão já a forneceu para mim. Vou até a cama e pego de baixou do travesseiro o colar.
—  Entregue isso a Stevan. E diga que voltarei para concluir sua promessa.
—  Você ainda tem um acordo comigo.
—  Não se preocupe não vou muito longe.
Saio do quarto em direção ao corredor. Ele me segue e segura meu braço.
—  Não pode sair sem que eu mande.
—  Então me faça ficar.
Continuo a descer as escadas até chegar à sala. Stevan estava sentado no sofá.
—  Nossa como você chegou aqui?
—  Faz alguns minutos, vim te dizer às informações que tenho em troca do colar.
—  Entregue a ele Igor.
Igor abre sua mão e observa o colar.
—  Entregue a ele!
Igor se aproxima de Stevan e entrega o colar.
—  O que esse colar tem de tão especial?
—  Nada de seu interesse Igor. Morticia com seguimos capturar o homem que você encontrou com o colar, mas os meus homens sentiram o cheiro de mais outros humanos. Mesmo com essa informação não conseguimos pegá-los. Seu pai ainda estava aqui em Monte Real, mas acabamos de saber que ele esta indo em direção ao Brasil, não sei o que esta havendo em São Paulo, mas acho que ele esta interessado no que tem lá.
—  Bom, acho que São Paulo me espera novamente.
—  Vou com você Morticia.
—  Para quê Igor?
—  Temos um trato não é, sei que pode realizá-los em São Paulo também.
—  Pena não poder ficar para o fim da temporada de chuva, aliás hoje foi um noite seca.
Stevan vem em minha direção e me beija nos lábios.
—  Terá muitas outras oportunidades, Lady. Volte logo!
Igor fica a nos olhar assustado.
—  Onde fica Lady Amanda nessa história?
Stevan sorri.
—  Conheço Morticia há muito tempo, muito antes de Lady Amanda surgir em minha vida. Cuide bem de Morticia senão... será um homem morto.
Ele some como fumaça.
—  Não sabia de seu vinculo com meu irmão, Morticia.
—  Você não sabe muito sobre mim.
Ele me puxa para perto de seu corpo nu.
—  Não, mas vamos ter muito tempo para descobrir, serão dez horas de viagem.
—  Não sei se é uma boa você vir comigo.
—  Por que acha isso?
—  Não quero que arrume encrenca com os meus aliados.
—  Vamos fazer um trato. Eu vou e te ajudo no que você precisar e você em troca me ajuda no que eu precisar. Não vou arrumar confusão com ninguém, eu prometo. Sou um Lorde não me rebaixo a tanto.
—  É só que o Brasil também tem seus lordes.
—  não se preocupe com isso, se preocupe com o que vai acontecer agora.
Ele beija apertando mais meu copo contra o seu, seu corpo ainda estava molhado, o que me causava arrepios. Então passo minhas pernas entre as suas e em um puxão rápido, o derrubo no chão e subo em cima dele segurando suas mãos com força.
—  Quem tem que se preocupar aqui é você, com o que eu vou fazer!
Mostro meus caninos.
—  Morticia nem pense em...
Antes que ele responda o mordo, ele fica se debatendo e tentando fazer com que eu pare. Mas é inútil já está sem força. O sugo até ficar quase inconsciente.
Saio de cima dele e vou até a lareira, pego uma das toras de madeira que fica ao lado dela. Vou a sua direção.
Com dificuldade ele diz:
—  Morticia, eu...
Olho em seus olhos segurando a tora.
—  hora de dormir Igor!
continua...

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Uma Vampira na Cidade - Capítulo Final


Por: giovanna Carvalho




Seu sangue ruim, de gosto amargo encheu-me de sede.
— Quero mais.
Minerva me olha assustada.
— Como ousa...
Antes que ela termine de falar eu interrompo.
— Chega dessa baboseira, já estou cansada de ser boazinha. Eu quero ver sangue escorrendo por entre os meus dedos.
Dri fica atento nos olhando.
— Não se preocupe querido é melhor que fique ai, e bem caladinho. Agora vou fazer o que eu deveria ter feito há muito tempo.
Corro em direção a Minerva, ela começa a rosnar para mim.
— Rosnar não vai fazer você escapar de mim.
A agarro pelo braço e a derrubo no chão, rapidamente ela passa suas garras em minha perna, fazendo um enorme corte.
— Ai!! Sua vaca! Rasgou minha meia calça nova, vai pagar por isso.
Alguns homens aparecem e Henrique também.
— Vejo que estão ocupadas.
— Solte o Dri e se virem com o resto Minerva é minha.
Henrique luta com alguns homens os levando até o corredor. Ele volta e começa a arrebentar as cordas que prendem Dri.
— Como sempre eu tenho que te salvar.
— cala a boca, já fiz muito por você também.
Os dois saem em direção o corredor enquanto eu e Minerva nos pegamos no chão.
— Vamos acabar com isso logo.
Minerva me empurra com força fazendo com que eu bata a cabeça na parede. Ela se levanta e ergue suas mãos, um vento forte começa a tomar conta do lugar. A porta se fecha e as janelas também.
— Sente o vento cortante, vou acabar com você de uma vez por todas.
— Não, se eu acabar antes com você.
O vento fica mais forte, ela gesticula suas mãos em minha direção, o vento troca de rumo vindo em minha direção. Não podia me mecher, o vento chegava a fazer cortes em meu rosto e em meu corpo.
Ela começa a rir e adverte:
— É inútil lutar com uma deusa como eu, você é apenas uma vampira qualquer. Uma mestiça de sangue sujo.
O vento começa a mudar de curso novamente. Ela me olha assustada.
— O que está acontecendo?
Ela mira novamente para mim, mas o vento tomou seu próprio curso, ele girava em círculos em volta de nos. Levanto devagar com a cabeça baixa.
— Você me subestima demais Minerva. Só precisava ouvir de você tais ofensas para declarar a sua sentença de morte. Não imaginou o poder que tenho em minhas.
Ela começa a andar para trás até encostar-se à porta, ela tenta abri-la mais está trancada e o vento a impede de tocar na maçaneta.
— Deixe-me sair Morticia! Sou a mãe de minha espécie! Não pode me matar!
— Não ligo.


Seguro rapidamente suas mãos as colando na parede. Ela fica se debatendo, mas quanto mais ela se meche mais o vento a machuca.
— Pare Morticia posso dar a você o que você...espere... O que há com seus olhos? Estão vermelhos. Você...
Antes que ela termine.
— Sim eu estou furiosa, e como você disse o Demônio que á dentro de mim esta aflorando. E quer ter um a conversinha com você.
Começo a irradiar calor, minhas mãos começam a ficar quente. Ela começa a gritar, logo ouço batidas na porta.
— Morticia o que está acontecendo ai?
— Não se metam em meus assuntos.
— Querida não pode matá-la.
— Posso! está me subestimando?
Começo a queimar mais os braços de Minerva ela cai de joelhos no chão. Largo suas mãos e agarro seu pescoço.
— Escute bem sua vaca, não tenho piedade nenhuma com você, merece morrer, mas tenho um trato e esse trato requer você viva. Mas ninguém mencionou... inteira.
A agarro pelos cabelos e jogo no chão novamente, ela cai com o rosto no chão. Antes que ela se levante. Dou vários pontapés em seu estomago.
— Morticia! Pare! Vai matá-la.
Ergo minhas mãos e canalizo o vento.
— Nunca mais vai esquecer desse sangue ruim.
O vento se direciona a Minerva. Fazendo vários cortes em seu rosto e em seu corpo todo. Ela desmaia.
A porta se abre e Dri e Henrique ficam a me olhar.
— Morticia o que houve com você?... Seus olhos.
— Dri eu...
Caio no chão inconsciente.



— Ela ainda está desacordada?
— Sim Henrique e acho que foi pelo esforço que ela teve em acabar com o seu “amorzinho”
— Não é hora para ironias. Estamos bem e é isso o que importa.
— Mas será que ela está bem, faz mais de 12 horas que ela não acorda.
— Minerva também, falando nisso meus homens chegaram. Eles vão levá-la para um laboratório para ver se conseguem um herdeiro. Depois disso Minerva vai ser presa e entregue ao chefe do clã dessa cidade.
— E o que acontece depois?
— Não sei. É decisão deles. É meu amigo parece que você vai continuar virgem.
Henrique sorri.
— Não sou virgem. E você não tem nada a ver com isso.
— Não, mais eu tenho.
— Morticia!
— Não tem nem como descansar aqui, vocês passam o tempo todo discutindo.
— Você está bem Morticia?
— Acho que sim Henrique.
— O que te fez desmaiar?
— Dri a sua voz fez com que eu parasse. Isso me fez desmaiar.
— Bom, eu só fiz o que devia fazer.
Henrique se manifesta.
— Morticia temos que conversar a sós.
— Dri pode ser sair por alguns minutos?
— Não, sei não, acho melhor eu ficar.
— Saia logo seu virgem.
Dri e Henrique ficam se encarando por um tempo.
— Dri depois nos conversamos, deixe-me com Henrique.
— Só vou porque ele pediu.
Dri sai do quarto e fecha a porta.
— O que foi Henrique.
— Meu trabalho acaba aqui, meu clã arrumou confusão com alguns clã de vampiros e tenho que ir.
— Achei que você morava aqui.
— Não, aqui é apenas um lugar memorável.
— Como assim?
— Você se lembra do verão que passamos aqui?
— Verão? Humm. Sei... Quando tivemos de lutar contra bruxas. Foi um verão maravilhoso.
— Essas são as lembranças que guardo de você meu amor.
— Amor?
— Sim, amor.
Desconverso.
— E Minerva? Ela morreu?
— Não, mas você a deixou bem ferida, meus homens a levaram para um laboratório. Como havíamos planejado.
— Então, acabou.
— Sim.
— Bem... Acho que agora posso descansar em paz.
— É... Você ainda tem o chip. Use-o para se proteger. Mas não confio no Dri, ainda acho que sou melhor que ele.
— Talvez, mas quem disse que o que eu quero é o melhor?
— No fundo eu sei que você me ama. Temos muito mais que uma simples historia, temos uma vida.
— É o que você espera que eu diga? Que não o amo? Eu o amo sim. Mas meu coração já não pertence mais a você querido.
— Agora Dri é o seu amor?
— Dri, assim como você, não tem apenas uma simples historia comigo, não foi ele que veio até mim e sim eu que fui até ele. Ele faz parte de minha vida há um bom tempo, eu o desejo. Quantas vezes já não nos encontramos? Eu, você e ele? Dri é o meu escolhido.
— Sabe que ele é livre para seguir suas escolhas, ele pode te deixar.
— Se isso acontecer, vou ter você.
— Será? Tenho minhas duvidas.
— Por um momento, enquanto você se fazia de servo da Minerva, achei mesmo que havia me abandonado e desistido de mim. Mas depois que você me deu a faca, as coisas mudaram. E vi que jamais você iria me abandonar. Sei que já está cansado de correr atrás de mim, de esperar uma resposta que não vai ter. Mas veja bem, não é melhor assim? Você me tem em seus melhores momentos. Eu sempre vou ser sua Henrique, mas não posso entregar tudo de mim a você. Meu coração pertence ao Dri.
Ele derrama lagrimas.
— Nunca havia me dito tais coisas, Morticia. Por um lado eu até concordo com você, mas um dia ainda vou ter seu coração de volta para mim. E isso é uma promessa.
Ele me beija tão forte que arrepia minha pele, suas mãos selvagens passeiam pelo meu corpo e me  aperta ao seu.
— Não vá muito longe querida. Quero estar lá quando precisar de mim.
— E vai estar.
Ele me beija novamente e sai em direção a porta.



Dri aparece, me olhando com o canto dos olhos.
— O que foi?
— O que foi? Até parece que não sabe.
— Vai começar o ciúmes, ele foi embora Dri.
— Será? Por que eu estive pensando, ele sempre está onde nos estamos.
— Pura coincidência.
— Não acho. Você não tem jeito. Sempre quer mais.
Levanto e deixo o lençol cair, meu corpo fica completamente nu. Vou em sua direção.
— É... Eu sempre quero mais. Vamos tirar essa virgindade de novo?
Sorrio.
— Morticia... Não tem graça.
— E quem disse que é para ter? Eu não quero graça eu quero ver você sem graça.
— Eu ainda estou bravo com você...
Passo minhas mãos em seu peito descendo aos poucos até chegar em sua barriga. Ele me segura em seus braços.
— Ah... Quer saber... Esquece.
Ele me beija e aos poucos me leva para cama, deita sobre meu corpo. Então ele diz:
— Esquece,... Porque agora eu quero você.


Fim




Agradecemos a leitura desta saga e esperamos que tenham apreciado. 
Está história foi produzida da seguinte forma. A Stefany escrevia uma parte e eu lia para ela e assim foi sendo produzido. Nos lemos e comentamos juntos todos os capítulos. Foi uma forma de ficar atento as passagens da história. Abraços e obrigado para todos vocês. 
Adriano Siqueira e Stefany Albuquerque

Uma Vampira na Cidade - Parte 13


Por:Julia gomes




Estou subindo as escadas com cuidado, pois podem ter muitas armadilhas. 
Com a minha sorte habitual, agora Minerva está com uma aliada. Uma bruxa que tem muitos poderes. E eu ainda não posso acreditar que o Dri tem a alma pura por não ter feito relações sexuais quando era humano. Parece contos de fadas. Um príncipe encantado que Minerva quer, de todo o jeito possível, para gerar uma nova geração de criaturas noturnas. 
Pelos barulhos que estou ouvindo lá embaixo no salão, Henrique estava fazendo uma verdadeira festa para chamar a atenção dos seguranças enquanto estou aqui... nas escadas que...

De repente, do chão, sai uma metralhadora ligado a uma geringonça mecânica que atira sem parar. Eu pulo e me agarro no teto. A metralhadora não consegue mirar por eu estar em cima. Quem construiu a metralhadora não pensou em criaturas noturnas que andam no teto e nas paredes. Pulo na arma e arranco todas as peças dele para não ferir mais ninguém. 
Continuo meu caminho. Ouço vozes. A bruxa e a loba já devem estar fazendo os preparativos. 
A porta estava aberta e Dri estava consciente e amarrado em um altar. A bruxa movimentava uma faca que flutuava através de feitiçaria e ficava passando por cima do Dri. Brincava com seus movimentos espetando-o as vezes,... enquanto isso e a Loba Minerva estava sem roupas esperando o momento para entrar em ação com o Dri. 

Me escondo por trás da porta para tentar interferir de alguma forma com este ritual e também formulo um plano para pegar uma de cada vez.  
Tento entrar em contato com o Dri mas ele estava atento apenas com a faca espetando algumas partes do seu corpo. 
Conto com a sorte e com o Dri para distrair as vacas enquanto eu me preparo. Até que ele se pronuncia.

— Espera ai um pouquinho! Pode parar tudo! Esse negócio de Lord Virgem já deu no saco. Eu já conheci muitas vampiras e bruxas. Está certo que loba é uma novidade no mercado, mas eu até posso me esforçar. Porém... Tenho um problema....
A Loba enfurecida pergunta gritando:
— Problema? não vejo nenhum problema!
— Minerva... Leva na boa... mas você não me dá barato.
— Eu? eu o que?
— Não rola entende? não sinto uma química. 
Minerva olha para Sharazi e pergunta:
 — Então bruxa? Você tem afrodisíacos? Mandrágora?  Viagra para Vampiros?
— Não se preocupe Minerva... com minha magia ele estará no ponto para você.
Dri revida: 
— Ah tá bom que eu vou ficar excitado por essa loba... é bem mais fácil eu ficar excitado por aquela porta...
Quando o Dri aponta a porta ele me vê e eu peço para ele ficar em silêncio. Ele desconversa rapidamente.
— Talvez... Não estou dizendo que pode dar certo... Se a Minerva colocar uma roupa de uma secretária bem sexy... bom ai talvez...
Sharazi joga um feitiço em Minerva e mostra toda a forma de uma mulher encantadora e excitante. Dri comenta prontamente:
— Oi Prazer. Pode me chamar de Dri... sem mais delongas... venha me conhecer melhor...

Ele olha pra mim com um sorriso e eu fico ameaçando ele prometendo dar um murro na sua cara assim que tudo terminar e ele engole seco e tira o sorriso da cara.
Olho para o corredor para ver se o Henrique aparece, mas não tem sinal dele. Então olho para o Dri e peço para atrair a bruxa até a porta. E ele entra em ação.
— Olha Bruxa... Não deve nunca ter visto uma loba com um vampiro né? ainda mais nossa hora tão... quente. Então eu peço para procurar urgente um lugar seguro sabe... bem perto daquela porta por exemplo. Assim você sai apenas com sua vassoura descabelada, mas pelo menos sai inteira.
— Eu iria descordar de você Lord Virgem... mas tem razão... ainda desconhecemos as forças que vamos chamar nesta noite. Uma vez que eu invocar o ritual, não terão como parar até que vocês concluam a tarefa.



A Bruxa pega o livro de encantamentos e vai até a a porta e fica de costas para mim. Quando ela começa a falar o encantamento e começa gesticular seus braços... eu a agarro e mordo sem piedade o seu pescoço.







terça-feira, 13 de novembro de 2012

Uma Vampira na Cidade - Parte 12


Por: Giovanna Carvalho




Para completar o dia Minerva fugiu. Henrique e o Dri estão feridos, mas inteiros. Eu ainda tenho que desvendar o mistério do homem virgem que a Minerva quer encontrar para reinar com ela.
Henrique disse que iria pedir ajuda de uma bruxa. Isso sim completa o meu dia de estresse.
—  Henrique! O que sabe sobre a bruxa? e como podemos usá-la para localizar Minerva.
—  Morticia a bruxa que chamei é muito antiga. Ela conhece todos as criaturas sobrenaturais e pode nos ajudar a encontrar a Minerva e ainda nos ajudar a derrotá-la.
—  Não confio muito em bruxas. - Dizia Dri.
—  Mas você foi ajudado por uma faz muito tempo. Nem todas são más Dri. Henrique faça o seguinte. Leve-nos a bruxa para falarmos com ela.
 —  Tudo bem mas mantenha este vampiro apaixonado longe de mim.
—  Henrique! Tente segurar no pescoço da Morticia novamente e eu empalo sua cabeça e coloco na minha sala.
—  Vou dizer uma coisa para vocês dois... Dri e Henrique... Não transformem o meu dia pior do que já está, ou eu juro que eu serei muito, muito cruel.
Dri e Henrique engolem seco e desconversam por algum tempo. até que o Henrique me diz:
—  Vou levá-los até a bruxa.



Quando chegamos em uma casa noturna eu pergunto.
—  Tem certeza que ela está aqui Henrique?
—  Sim! A bruxa é proprietária de muitas Casas Noturnas da cidade.
—  Pelo menos ela tem estilo. - Dizia o Dri olhando para as estátuas de cavalos soltando fogo pelas narinas.
Vejo o Henrique dizer uma senha para o segurança da Casa Noturna e ele nos deixa entrar. O local estava cheio. Subimos um andar e tinha uma enorme sala. Na mesa uma mulher toda de preto e ela tinha olhos azuis. Os seguranças fecham a porta e Henrique nos apresenta.
—  Sharazi estes são Lord Dri e Lady Morticia.
—  Eu sei bem quem eles são Henrique... Como também sei o que querem... Meu preço é alto para isso. Não arrumaria encrenca com Minerva sem antes saber se estou em vantagem.
Eu vejo algo estranho naquela bruxa. O ela não está sendo absolutamente sincera ou está escondendo muita coisa... Se eu pudesse chegar mais perto, poderia ter uma ideia do que ela realmente é... mas a mesa está protegida com alguma defesa que não consigo penetrar. Ela me olha e sorri...
—  Conheço seus poderes Morticia. No momento não é oportuno que descubra quem sou... Mas minha amiga vai gostar de saber que estão aqui.



Vejo Sharazi abrir uma porta e Minerva estava lá. Eu tento reagir mas Uma parede de fogo é erguida em nossa frente e também na porta de saída. Ficamos presos entre elas. Dri comenta.
—  Henrique, você tem realmente tem amigos adoráveis.
—  Cala boca vampiro. Eu não sabia que estavam juntas. Por que não cria um plano B enquanto a gente distrai as duas?
—  Eu prefiro reagir do que criar planos, sua bola de pelo.
—  Essa bruxa não parece com as que conheço... ela não disse nenhum encantamento para criar estas paredes de fogo. Deve ser bem poderosa, mas logo eu darei um jeito nela.
Olho para Sharazi e digo:
—  E o que você vai ganhar ajudando Minerva?
—  Vou me vingar é claro. Este vampiro que vocês trouxeram é o Lord Dri. O amante da minha Irmã.
Dri fica nervoso e responde:
—  Então foi você que entregou a própria irmã para ser queimada? Só por eu não querer nada com você, resolveu destruir o nosso castelo. Lady Shy morreu mas eu vou agora me vingar mandando você para o inferno.
—  Não seja tão metido Lord Dri. Não foi por ter me recusado que eu entreguei vocês... foi para reinar aquele lugar que já estava cheio de problemas. Quando minha irmã foi queimada e você sumiu. Eu assumi o reinado e dominamos muitas terras. Mas estou aqui hoje especialmente para entregá-lo de bandeja para Minerva.
Eu fico furiosa e entro na conversa.
—  Como assim Sharazi? Como o Dri seria útil para os seus planos.
—  É algo que você não sabia não é Mortícia. Seu Lord era um caçador antes de ser mordido...
—  Mas isso eu já sabia.
Henrique começa a rir e o Dri coloca sua mão no rosto e abaixa. Eu pergunto:
—  Por que está rindo Henrique?
—  Não sacou Morticia... O grande Lord Dri era virgem antes de se transformar em vampiro. Os caçadores daquela época faziam votos de celibato para não cair na tentação dos seres noturnos...
Eu Ri... Olhei para o Dri e perguntei.
—  É verdade meu querido Lord virgem?
—  Então  Ah... bom agora sim tenho dois motivos para acabar com essa bruxa.
—  A lei é que uma criatura noturna com alma virgem seja escolhido para o acasalamento com a rainha... mas é claro ele, depois, não será mais útil.
Henrique ri, olha para a morticia e comenta.
—  O Lord Virgem está bem cotado com as moças.
Eu riu mas a situação precisa ser resolvida logo porém o Dri pronuncia.
—  Liberte-os e serei de vocês.
A bruxa diz com frieza.
—  Matamos os dois e depois você grande e eterno virgem Lord Dri.
—  Que título heim Lord Virgem! Belo slogan para as suas futuras histórias que serão lidas pela criançada. ha ha ha.
—  Hoje não é meu dia.
Eu disse sorrindo.
—  Querido Dri. Até que eu achei romântico.
—  Calem-se!! - Sharazi balança os braços e desliga a parede de foto do Dri e o leva para o terceiro andar junto com Minerva e diz.
— Leve o Lord Dri para os meus aposentos no terceiro andar e eu cuidarei para que ele seja a criatura que escolhi para ter um herdeiro. Se ele se comportar eu posso perdoar seus amigos e os libertar.
—  Não se atreva a colocar as mãos nele.




Minerva e Sharazi sobem as escadas e deixam os prisioneiros a sós.
Existem extintores de incêndio na sala. Se eu pudesse acioná-los com minha mente talvez eu pudesse reverter a situação. Mentalizo muito até que finalmente os extintores começam a ligar e as mangueiras se agitam de forma eficiente até que todos ficarem livres.
—  Foram para o terceiro andar. O ritual deve começar. Logo.
— Não é algo que se pode dizer trágico, já que o Dri vai curtir a sua virgindade humana.
— Ele é o meu Dri. Não vou deixar aquela vaca peluda tocar nele. Vamos fazer uma festa nesta casa noturna para tirar a atenção dos seguranças enquanto eu as enfrento.

Continua...